Para o presidente da KPMG, Pedro Melo, arrecadação digital exige novos Investimentos em TI e velocidade na prestação de dados.
O complexo sistema tributário brasileiro e os custos exigidos para
sua gestão no ambiente empresarial ainda estão entre os maiores desafios
para os novos empreendedores no país, seja de pequeno, médio ou grande
porte.
A avaliação é do presidente da KPMG no Brasil, Pedro Melo, que
ressalta ainda o avanço de diversos órgãos de arrecadação do governo
federal em utilizar plataformas digitais e mais transparentes para
arrecadação.
"Essa modernização obriga o empresário a ser muito mais preciso e
veloz na divulgação de suas contribuições, o que acaba elevando o custo
destas operações para as empresas", afirma.
Este deverá ser um dos temas em debate na Conferência "O Modelo
Fiscal Brasileiro e seu Impacto sobre as Iniciativas Empreendedoras", a
ser realizado pelo Brasil Econômico em parceria com a KPMG, em São
Paulo, no próximo dia 24.
Lucio Abrahão, sócio da área de Tributos da KPGM, destaca que o uso cada vez maior da Tecnologia
pela Receita Federal na hora de arrecadar tem permitido maior
"assertividade e eficiência" do governo em garantir novos recursos,
porém também obriga o empresário a realizar novos Investimentos na área de TI.
"E qual suporte o Fisco tem dado às pequenas e médias empresas para
realizar tais investimentos?", questiona. "A orientação é bem
precária". Abrahão lembra que 90% dos CNPJs registrados no país são
formados por pequenas e médias empresas.
Além dos efeitos sobre o cidadão-contribuinte, mais eficiência
fiscal também gera oportunidade ao governo para uma melhor organização
de todos os impostos cobrados. Isso, acredita Melo, poderia levar até a
uma redução da lista de tributos exigidos pela administração federal.
Outra consequência, diz, seria o "efeito país": mais gente pagando
impostos e, consequentemente, aumento da inclusão fiscal. "Mesmo com
mudanças, ainda temos muito a fazer em revisão de tributos", observa
Melo.
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